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Quem é o Espírito de Verdade? Resposta: O Próprio Cristo (Programa dos dias 01 e 04 de janeiro de 2012)


MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA

JESUS INAUGURA SEU MINISTÉRIO

Lc 4:15 - Jesus voltou então para a Galileia, com a força do Espírito, e Sua fama espalhou-se por toda a região circunvizinha.

Temática: O Espírito de Verdade é o próprio Cristo

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ð             Quem é o Espírito de Verdade?

Introdução

Já vimos que a expressão O Espírito Santo e O Espírito foram usados por Pedro para se referirem a Jesus.

# ATOS DOS APÓSTOLOS – CAP. 5:811- - A fraude de Ananias e de Safira

Pedro interpelou-a: "Dize-me, foi por tal preço que vendestes o terreno?" E ela respondeu: "Sim, por tal preço". Retrucou-lhe Pedro: "Por que vos pusestes de acordo para tentardes o Espírito do Senhor? Eis à porta os pés dos que sepultaram teu marido; eles levarão também a ti". No mesmo instante ela caiu a seus pés e expirou. Os jovens, que entravam de volta, encontraram-na morta; levaram-na e a enterraram junto a seu marido. Sobreveio então grande temor à Igreja inteira e a todos os que tiveram notícia destes fatos.

# LUCAS - ATOS – Cap. 16:6-7

Travessia da Ásia Menor: Atravessaram depois a Frigia e a região da Galácia, impedidos que foram pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. Chegando aos confins da Mísia, tentaram penetrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lhe permitiu.

Nas Epístolas Paulinas aos Romanos, Coríntios, e Gálatas Paulo faz uma identificação de O Espírito com o próprio Mestre, através de expressões como “Espírito de Cristo” e “Espírito de Deus”, chegando, de forma explícita, a afirmar em II Cor 3:17 que  Pois o Senhor é o Espírito, e onde se acha o Espírito do Senhor aí está a liberdade”. Vejamos:

# II CORÍNTIOS – Cap. 3:15-17

Sim; até hoje, todas as vezes que lêem Moisés, um véu está sobre o seu coração. É somente pela conversão ao Senhor que o véu cai. Pois o Senhor é O Espírito, e onde se acha o Espírito do Senhor aí está a liberdade.

VI.1) REVISTA ESPÍRTA

[...]“Um novo livro acaba de aparecer; é uma luz mais brilhante que vem clarear a vossa marcha. Há dezoito séculos vim, por ordem de Meu Pai”. [...]

O Espírito de Verdade

(Revista Espírita. Dezembro de 1864. Comunicação Espírita.)

VI.2) [...] “Não podeis acreditar quanto nos é doce e agradável presidir ao vosso banquete, onde o rico e o artesão se acotovelam, brindando à fraternidade; onde o judeu, o católico e o protestante podem sentar-se à mesma comunhão pascal. Não podeis imaginar quanto me sinto orgulhoso de distribuir a cada um de vós os elogios e o encorajamento que o Espírito de Verdade, nosso bem-amado Mestre, ordenou-me conferisse às vossas piedosas coortes.”[...]

Erasto, discípulo de Paulo

KARDEC, Allan: “Epístola de Erasto aos Espíritas Lioneses. A Revista Espírita. Jornal de Estudos Psicológicos. Ano IV, Outubro de 1861. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. p. 442.

VI.3) Eis, meus filhos, a verdadeira lei do Espiritismo, a verdadeira conquista de um futuro próximo. Marchai, pois, imperturbavelmente em vossa estrada, sem vos preocupar com as zombarias de uns e o amor-próprio ferido de outros. Estamos e ficaremos convosco, sob a égide do Espírito de Verdade, meu e vosso mestre.

Erasto, discípulo de Paulo

KARDEC, Allan: O Futuro do Espiritismo. Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. Ano XI, fevereiro de 1868. Tradução Evandro Noleto Bezerra: FEB, 2005; p. 82.

VI.4) A Gênese , I, 41:

“O Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento da regeneração, a promessa da sua vinda se acha por essa forma cumprida, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador”.

VI.5) O Livro dos Médiuns, XXXI, II.

O próprio Cristo preside aos trabalhos, de toda sorte que se acham em via de execução para vos abrirem a era de renovação e de aperfeiçoamento que os vossos guias espirituais vos predizem”. Chateaubriand (espírito)

VI.6) [...]“Essas obsessões freqüentes terão, também, um lado muito bom, porque, penetrado pela prece e pela força moral, é possível fazê-las cessar e adquirir o direito de expulsar os Espíritos maus e, pelo melhoramento de sua conduta, cada um buscará adquirir o direito que o Espírito de Verdade, que dirige este globo, conferirá quando for merecido.

Tende fé e confiança em Deus, que não permite que se sofra inutilmente e sem motivo.” [...]

Hahnemann (Médium: Sr. Albert)

(Revista Espírita. Janeiro de 1864. Um caso de possessão.)

VI.7) Livro MISSIONÁRIOS DA LUZ

André Luiz/ Francisco Cândido Xavier; 23.ª Edição – FEB; Capítulo “Mediunidade e Fenômeno”, pág 99.

(...)“mediunidade – prosseguiu ele*, arrebatando-nos o coração – constitui ‘meio de comunicação’, e o próprio Jesus nos afirma: ‘Eu Sou a porta’...se alguém entrar por Mim será salvo e entrará, sairá e achará pastagens’! Por que audácia incompreensível imaginais a realização sublime sem vos afeiçoardes ao Espírito de Verdade, que é o próprio Senhor?”

*Obs: Alexandre, Mentor Espiritual.

VI.8) O Livro dos Médiuns, Capítulo IV

48. Sistema unispírita ou monoespírita.

Obs.: Nesse item Allan Kardec refuta o sistema mono-espírito, e utiliza como sinônimos os nomes Jesus, Cristo, Espírito Santo e Espírito da Verdade.

“48. Sistema unispírita ou monoespírita. Uma variedade do sistema otimista consiste na crença de que um único Espírito comunica-se com os homens e que este Espírito é o Cristo, que é o protetor da Terra. Quando se veem comunicações da mais baixa trivialidade, de uma grosseria revoltante, impregnadas de malevolência e de maldade, haveria profanação e impiedade em supor que elas pudessem emanar do Espírito do bem por excelência. Mais ainda, se aqueles que assim o creem nunca tivessem obtido senão comunicações irrepreensíveis, conceber-se-ia sua ilusão; a maioria, porém, concorda ter recebido algumas muito ruins. Eles o explicam, dizendo que se trata de uma prova que o bom Espírito os faz experimentar, ditando-lhes coisas absurdas; assim, enquanto uns atribuem todas as comunicações ao diabo, que pode dizer boas coisas, para tentar, outros pensam que unicamente Jesus se manifesta e que ele pode dizer coisas ruins, para experimentar os homens. Entre estas duas opiniões tão opostas, quem se pronunciará? O bom-senso e a experiência.

Dizemos a experiência, porque é impossível que aqueles que professam ideias tão exclusivas tenham visto tudo e bem visto. Quando se lhes apresentam os fatos de identidade que atestam a presença de pais, amigos ou conhecidos, através das manifestações escritas, visuais, ou outras, eles respondem que é sempre o mesmo Espírito: o diabo, segundo uns; o Cristo, segundo outros, que toma todas as formas. Mas, não nos dizem por que os outros Espíritos não podem comunicar-se; com que objetivo o Espírito de Verdade viria nos enganar, apresentando-se sob falsas aparências; iludir uma pobre mãe, fazendo-a acreditar, mentirosamente, que ali está o filho por quem chora. Enfim: a razão se recusa a admitir que o Espírito Santo se rebaixe, para representar semelhante farsa. Aliás, negar a possibilidade de qualquer outra comunicação, não será tirar do Espiritismo o que ele tem de mais suave: a consolação dos aflitos?

Digamos, simplesmente, que semelhante sistema é irracional e não pode resistir a um exame sério.”                                                        Allan Kardec

O Consolador (Paráclito) e O Espírito de Verdade

MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA

JESUS INAUGURA SEU MINISTÉRIO

Lc 4:15 - Jesus voltou então para a Galileia, com a força do Espírito, e Sua fama espalhou-se por toda a região circunvizinha.

Temática: O Espírito Santo, Consolador e Espírito de Verdade

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ð            Entendimentos para O Espírito Santo

IV)            Novo Testamento: Os Bons Espíritos

Conceito predominante em Atos dos Apóstolos, onde a expressão é empregada para um “ser pessoal” que orienta, nomeia, elege, delega dons e conforta.

Nas dissertações Paulinas também encontraremos menções para as Obras do Espírito no que diz respeito a concessão de poder, regeneração e moralização, acesso e condução ao Cristo, fé e crescimento espiritual, distribuidor de dons espirituais, pacificação, e intercessão providencial. DOUGLAS, J. D. O novo dicionário da bíblia. 3. Ed. São Paulo: Vida Nova, 2006. p. 452-456.

ð            Entendimentos para O Espírito Santo

v)Novo Testamento: O Consolador e O Espírito de Verdade

V.1) “Se me amais, guardai os meus mandamentos, e eu pedirei a meu Pai, e ele vos enviará um outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: O Espírito de Verdade que este mundo não pode receber, porque não o vê; mas vós, porém, o reconhecereis, porque permanecerá convosco, e porque estará em vós. Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João, XIV: 15 a 17 e 26; O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI.)

V.2) A GÊNESE – Capítulo XVII –PREDIÇÕES DO EVANGELHO

Anunciação do Consolador

37. [...] “Jesus anunciou, sob o nome de Consolador e de Espírito de Verdade, aquele que deve ensinar todas as coisas e fazer lembrar o que ele disse, pois seu ensino não estava completo; além disso, ele prevê que o que disse seria esquecido, seria Predições do Evangelho desvirtuado, uma vez que o Espírito de Verdade devia relembrar tudo e, juntamente com Elias, restabelecer todas as coisas, isto é, segundo o verdadeiro pensamento de Jesus.”

V.3) A GÊNESE – Capítulo XVII –PREDIÇÕES DO EVANGELHO

Anunciação do Consolador

39. Qual deve ser esse enviado? Dizendo: “Pedirei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador”, Jesus indica claramente que esse Consolador não é ele mesmo, do contrário, teria dito: “Voltarei para completar o que vos tenho ensinado.” Depois acrescentou: “A fim de que fim que eternamente convosco, e ele estará em vós.” Esta proposição não poderia se referir a uma individualidade encarnada, que não pode ficar eternamente conosco, nem, ainda menos, estar em nós, mas pode muito bem referir-se a uma doutrina que, efetivamente, quando é assimilada, pode estar eternamente em nós. O Consolador é, assim, no pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora, cujo inspirador deve ser o Espírito de Verdade.

V.4) A GÊNESE – Capítulo XVII –PREDIÇÕES DO EVANGELHO

Anunciação do Consolador

40. Como ficou demonstrado (cap. I, item 30), o Espiritismo apresenta todas as condições do Consolador prometido por Jesus. Não é uma doutrina individual, uma concepção humana; ninguém pode dizer que é o seu criador. É o produto do ensino coletivo dos espíritos, ensino que é presidido pelo Espírito de Verdade.

V.5) REVISTA ESPÍRITA Jul 1866

[...] “A qualificação de Espírito de verdade não pertence senão a um só, e pode ser considerada como nome próprio; está especificada no Evangelho. Aliás, esse Espírito se comunica raramente e apenas em circunstâncias especiais. Devemos pôr-nos em guarda contra os que se adornam indevidamente com esse título: são fáceis de reconhecer, pela prolixidade e pela vulgaridade de sua linguagem.”

Allan Kardec, Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos, JULHO DE 1866. Pág.298-9

ð            Quem é o Espírito de Verdade?

Esse assunto será discutido no próximo programa.

O Espírito Santo é o próprio Cristo


MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA

JESUS INAUGURA SEU MINISTÉRIO

Lc 4:15 - Jesus voltou então para a Galileia, com a força do Espírito, e Sua fama espalhou-se por toda a região circunvizinha.

Temática: O Espírito Santo é o próprio Cristo

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A Q U I

Entendimentos para O ESPÍRITO SANTO – contexto Novo Testamento

ð                 Entendimentos para O ESPÍRITO SANTO

III.             Novo Testamento: DIFERENÇAS NAS TRADUÇÕES

João, III: 1 a 12

Jesus lhe respondeu: “Em verdade, em verdade, te digo que, se um homem não renasce da água e do espírito, ele não pode entrar no reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, o que nasceu do espírito é espírito. Não te admires de que eu tenha dito que é preciso que nasças de novo. O espírito sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas tu não sabes de onde ele vem nem para onde vai; o mesmo ocorre com todo o homem que é nascido do espírito.”

7. Estas palavras: “Se um homem não renasce da água e do espírito” foram interpretadas como a regeneração pela água do batismo, mas o texto primitivo trazia simplesmente não renascer da água e do espírito, enquanto que, em certas traduções, as palavras do espírito foram substituídas por do Espírito Santo o que não corresponde mais ao mesmo pensamento. Esse ponto capital ressalta dos primeiros comentários feitos sobre o Evangelho, assim como um dia isso será constatado sem equívoco possível.

Nota de Kardec: A tradução de Osterwald está conforme o texto primitivo; ela diz: não renasce da água e do espírito; a da Sacy diz: do Santo Espírito, e a de Lamennais: do Espírito Santo. Allan Kardec

O Evangelho Segundo O Espiritismo – Capítulo IV
Ninguém Pode Ver o Reino de Deus se Não Nascer de Novo

ð                 Entendimentos para O Espírito

IV.           Novo Testamento: O Próprio Cristo

IV.1) ATOS DOS APÓSTOLOS – CAP. 5:8-11 - A fraude de Ananias e de Safira

Pedro interpelou-a: "Dize-me, foi por tal preço que vendestes o terreno?" E ela respondeu: "Sim, por tal preço". Retrucou-lhe Pedro: "Por que vos pusestes de acordo para tentardes o Espírito do Senhor? Eis à porta os pés dos que sepultaram teu marido; eles levarão também a ti". No mesmo instante ela caiu a seus pés e expirou. Os jovens, que entravam de volta, encontraram-na morta; levaram-na e a enterraram junto a seu marido. Sobreveio então grande temor à Igreja inteira e a todos os que tiveram notícia destes fatos.

IV.2) Nas Epístolas Paulinas aos Romanos, Coríntios, e Gálatas Paulo faz uma identificação de O Espírito com o próprio Mestre, através de expressões como “Espírito de Cristo” e “Espírito de Deus”, chegando, de forma explícita, a afirmar em II Cor 3:17 que  Pois o Senhor é o Espírito, e onde se acha o Espírito do Senhor aí está a liberdade”.

IV.3) Nas dissertações Paulinas também encontraremos menções para as Obras do Espírito no que diz respeito a concessão de poder, regeneração e moralização, acesso e condução ao Cristo, fé e crescimento espiritual, distribuidor de dons espirituais, pacificação, e intercessão providencial.
DOUGLAS, J. D. O novo dicionário da bíblia. 3. Ed. São Paulo: Vida Nova, 2006. p. 452-456.

IV.4) ATOS – Cap. 16:6-7

Travessia da Ásia Menor — Atravessaram depois a Frigia e a região da Galácia, impedidos que foram pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. Chegando aos confins da Mísia, tentaram penetrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lhe permitiu.

IV.5) II CORÍNTIOS – Cap. 3:15-17

Sim; até hoje, todas as vezes que lêem Moisés, um véu está sobre o seu coração. É somente pela conversão ao Senhor que o véu cai. Pois o Senhor é O Espírito, e onde se acha o Espírito do Senhor aí está a liberdade.

IV.6) O Livro dos Médiuns, Capítulo IV - Concordância de Paulo e Kardec

48. Sistema unispírita ou monoespírita.

Obs.: Nesse item Allan Kardec refuta o sistema monoespírita, e utiliza como sinônimos os nomes Jesus, Cristo, Espírito Santo e Espírito da Verdade.

“48. Sistema unispírita ou monoespírita. Uma variedade do sistema otimista consiste na crença de que um único Espírito comunica-se com os homens e que este Espírito é o Cristo, que é o protetor da Terra. Quando se veem comunicações da mais baixa trivialidade, de uma grosseria revoltante, impregnadas de malevolência e de maldade, haveria profanação e impiedade em supor que elas pudessem emanar do Espírito do bem por excelência. Mais ainda, se aqueles que assim o creem nunca tivessem obtido senão comunicações irrepreensíveis, conceber-se-ia sua ilusão; a maioria, porém, concorda ter recebido algumas muito ruins. Eles o explicam, dizendo que se trata de uma prova que o bom Espírito os faz experimentar, ditando-lhes coisas absurdas; assim, enquanto uns atribuem todas as comunicações ao diabo, que pode dizer boas coisas, para tentar, outros pensam que unicamente Jesus se manifesta e que ele pode dizer coisas ruins, para experimentar os homens. Entre estas duas opiniões tão opostas, quem se pronunciará? O bom-senso e a experiência.

Dizemos a experiência, porque é impossível que aqueles que professam ideias tão exclusivas tenham visto tudo e bem visto. Quando se lhes apresentam os fatos de identidade que atestam a presença de pais, amigos ou conhecidos, através das manifestações escritas, visuais, ou outras, eles respondem que é sempre o mesmo Espírito: o diabo, segundo uns; o Cristo, segundo outros, que toma todas as formas. Mas, não nos dizem por que os outros Espíritos não podem comunicar-se; com que objetivo o Espírito de Verdade viria nos enganar, apresentando-se sob falsas aparências; iludir uma pobre mãe, fazendo-a acreditar, mentirosamente, que ali está o filho por quem chora. Enfim: a razão se recusa a admitir que o Espírito Santo se rebaixe, para representar semelhante farsa. Aliás, negar a possibilidade de qualquer outra comunicação, não será tirar do Espiritismo o que ele tem de mais suave: a consolação dos aflitos?

Digamos, simplesmente, que semelhante sistema é irracional e não pode resistir a um exame sério.”

Artigo: Jesus, O Médico da Alma



Jesus, O Médico da Alma.

Autor: Fabiano Pereira Nunes

Artigo publicado na REVISTA CULTURA ESPÍRITA, do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, ano III, n. 33, dezembro de 2011, p. 16.

 Em todos os períodos da era comum da história, as curas produzidas por Jesus foram objeto de infatigáveis estudos dos mais notáveis pesquisadores - da ciência e da religião - que anelaram, até a atualidade, desvelar os prodigiosos fenômenos de curas relatados nos evangelhos.

Nada obstante, será na singular abordagem de Jesus às doenças da alma humana que encontraremos a mais excelente demonstração de superioridade intelecto-espiritual.

Observaremos, por exemplo, que estando Jesus na casa de Levi (1) vieram muitos publicanos e pecadores, que se assentaram à mesa com Jesus e seus discípulos. Naquele período histórico, os publicanos constituíam uma das classes sociais mais detestadas pelo povo Hebreu, em virtude de serem os rendeiros públicos responsáveis pela arrecadação de impostos, a serviço do Império Romano. Frequentemente, exorbitavam da tributação com ganância inescrupulosa, e para agravar a situação, esse pagamento de impostos constituía uma afronta às Escrituras Sagradas. Por tais motivos, eram considerados pelos Israelitas como traidores execráveis. Os fariseus (2), notando que Jesus partilhava amizade e afeto com  homens “impuros”, perguntaram aos Seus discípulos: "Por que come o vosso Mestre com os publicanos e os pecadores?" O Raboni, ao ouvir o que diziam, respondeu: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide, pois, e aprendei o que significa: misericórdia é que eu quero, e não sacrifício. Com efeito, eu não vim chamar justos, mas pecadores"(2).

Em ímpar combinação de compaixão, coragem e caridade, Jesus inovara o entendimento da problemática da viciação moral, interpretando-a como enfermidade que carece de atenção, identificação e cuidados especiais, e situando-a como o principal fator causal da infelicidade do homem. Notável presciência do Excelso Médium de Deus, posto que, modernamente, as ciências médicas lograram novas elucidações para o drama da viciosidade moral.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 25% dos pacientes consultados por médicos clínicos-gerais apresentam transtornos psiquiátricos em atividade. E ocupando lugar de grande relevância no cenário das disfunções psíquicas estão os Transtornos de Caráter (3).

Difíceis de reconhecer - e de diferenciar dos traços não patológicos da personalidade - os Transtornos de Caráter caracterizam-se por padrões disfuncionais de cognição (percepção e entendimento) e de emoções ao lidar com as situações cotidianas da vida, acarretando um modelo de comportamento altamente perturbador, nocivo, repetitivo, com consequente ruptura das relações interpessoais e sociais do indivíduo.

Dentre os padrões patológicos de comportamento que caracterizam os diferentes tipos de Transtornos de Caráter(3) encontraremos: desconfiança e suspeição paranoicas; afastamento das relações sociais, com faixa restrita de emoções; comportamento excêntrico com desconfortos agudos e instabilidade no relacionamento íntimo; desrespeito aos direitos dos outros, compulsão em prejudicar ou magoar as pessoas; instabilidade na percepção da autoimagem, inibição social e hipersensibilidade à avaliação negativa de outrem; hiperatividade emocional, comportamento teatral e sedução; grandiosidade persistente, falta de empatia e excessiva necessidade de admiração; comportamento nocivamente submisso e aderente; rígida e intransigente preocupação com detalhes desnecessários.

Como os pacientes portadores dos Transtornos de Caráter não estão conscientes de suas enfermidades, o reconhecimento e tratamento dessa moléstia são bastante difíceis. A psicofarmacologia não está indicada nesses distúrbios, sendo a terapêutica mais atual a psicoterapia interpessoal, objetivada em fazer o paciente tomar consciência dos padrões comportamentais nocivos, dos seus impactos pessoais e sociais, assim como em aprender a dominar essa conduta.

O Espiritismo,  em sua condição de cristianismo da idade moderna(4), é a nova ciência(5) que veio revelar aos homens, com provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corporal, desvelando os conhecimentos que edificam uma aliança entre as ciências e a religião(6). Descortinando um novo ponto de vista (7) – o da vida futura, espiritual, eterna e evolucional – revoluciona a maneira de se encarar a existência, as vicissitudes e os valores humanos. Por conferir, pelo entendimento das Leis Divinas, lucidez, resignação e fé racional, dá ao espírito os instrumentos necessários para resistir aos vícios, se constituindo, ainda, num poderoso preventivo contra as doenças morais, e as doenças mentais (8), sendo, por conseguinte, formidável adjuvante da ciência para o enfrentamento do drama dos Transtornos do Caráter.

Portanto, ao confrontarmo-nos com os desafios das doenças do corpo e da mente, recorramos sempre ao Amigo Fiel, assim como às ciências médicas e ao espiritismo, que são os instrumentos que o Sublime Médico da alma humana se utiliza para nos amparar e educar.

 1.BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. 3 a. Impressão: 2004. O Evangelho Segundo Lucas 5:27-32 p. 1797

2.    BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. 3 a. Impressão: 2004. O Evangelho Segundo Mateus 9:10-13 p. 1719

3.    SCHIFFER, R. B.: Os Distúrbios Psiquiátricos na Prática Médica. In: Cecil Medicina, editores AUSIELLO, D; GOLDMAN, L. 23. Ed. Tradução de Adriana Pitella Sudré, et al. Rio de Janeiro: Elsevier. 2009. Seção XXV, cap. 420, p. 3038-50.

4.    KARDEC, Allan. A Revista Espírita. Jornal de Estudos Psicológicos. Ano sexto, novembro de 1863. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 3. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. p. 476.

5.    Idem. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Albertina Escudeiro Sêco. 5. Ed., Rio de Janeiro: CELD Ed, 2010. Cap. I, item 5. p. 54.

6.    Idem. Ibidem. Cap. I, item 8. p. 55-6.

7.    Idem. Ibidem. Cap. II, item 5. p. 66-8.

8.    Idem. O Livro dos Espíritos. Tradução de Maria Lúcia Alcântara de Carvalho. 2. Ed., Rio de Janeiro: CELD Ed, 2011. Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, Item XV.  p.51-52.

O Pentecoste (estudo final) -O Evangelho Segundo Lucas - cap. 4 - vers. 15 (Programa dos dias 11 e 14 de dezembro de 2011)


MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA

JESUS INAUGURA SEU MINISTÉRIO

Lc 4:15 - Jesus voltou então para a Galileia, com a força do Espírito, e Sua fama espalhou-se por toda a região circunvizinha.

Temática: O Pentecoste (estudo   final)

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ð             Entendimentos para O ESPÍRITO SANTO – contexto Novo Testamento


I)        MEDIUNIDADE

I.1) ATOS DOS APÓSTOLO – CAP. 2:37-38

I.2)ATOS DOS APÓSTOLOS – CAP. 10:44-46

I.3) ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 2:21 – O PENTECOSTE

I.3.1)  Elucidações de Allan Kardec sobre O Pentecoste e o Espírito Santo

Pergunta: Poder-se-ia dizer que “O Consolador” teria vindo aos discípulos de Jesus no dia da Pentecoste?

Resposta de Allan Kardec:

A GÊNESE – Capítulo XVII – item 42

 “42. Se disserem que essa promessa foi realizada no dia de Pentecostes, com a descida do Espírito Santo, poder-se-á responder que o Espírito Santo os inspirou, que pôde abrir as suas inteligências, desenvolver neles as aptidões mediú­nicas que deviam lhes facilitar a missão, porém que não lhes ensinou nada além do que Jesus já ensinara, porquanto não se encontra nenhum vestígio de um ensinamento especial. Assim, o Espírito Santo não realizou o que Jesus anunciara em relação ao Consolador, caso contrário os apóstolos teriam elucidado, durante suas vidas, tudo o que permaneceu obscu­ro até hoje no Evangelho, e cuja interpretação contraditória deu origem às inúmeras seitas que dividiram o Cristianismo desde o primeiro século.”

KARDEC, Allan. A Gênese. Os Milagres e As Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Albertina Escudeiro Sêco. 2. Ed., Rio de Janeiro, CELD Ed: 2008. Cap. XVII, item 42.

(João cap. 15:26; “Mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse.”)

I.3.2) Elucidações de Allan Kardec sobre O Pentecoste e o Espírito Santo

A GÊNESE- CAPÍTULO I - Fundamentos da Revelação Espírita

45. A primeira revelação estava personificada em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não o está em indivíduo algum. As duas primeiras são individuais, a terceira é coletiva, eis aí uma característica essencial de uma grande importância. É coletiva no sentido de não ter sido feita para privilégio de pessoa alguma; assim sendo, ninguém pode dizer-se seu profeta exclusivo. Ela foi feita simultaneamente por toda a Terra, para milhões de pessoas, de todas as idades, de todas as épocas e de todas as condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala, de acordo com esta predição registrada pelo autor dos Atos dos Apóstolos:* “Nos últimos tempos, disse o Senhor, derramarei do meu espírito sobre toda a carne; vossos filhos e filhas profetizarão, os jovens terão visões, e os velhos terão sonhos.”

Ela não se originou de nenhum culto especial, a fim de servir, um dia, de ponto de encontro para todos.

KARDEC, Allan. A Gênese. Os Milagres e As Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Albertina Escudeiro Sêco. 2. Ed., Rio de Janeiro, CELD Ed: 2008. Cap. I, item 45, p.38.

I.3.3) Elucidações de Allan Kardec sobre O Pentecoste e o Espírito Santo

A Gênese - Capítulo XVII -  Predições do Evangelho - Vossos filhos e vossas filhas profetizarão

 61. Assim, como vimos (cap. I, item 32), coincidente com outras circunstâncias, o advento do Espiritismo realiza uma as mais importantes predições de Jesus, pela influência que deve forçosamente exercer sobre as ideias. Além disso, ele é claramente anunciado no que foi narrado nos Atos dos Apóstolos: “Nos últimos tempos, diz o Senhor, derramarei do meu espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão.”

É o anúncio inequívoco da vulgarização da mediunidade, que presentemente se revela em indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todas as condições, e em consequência da manifestação universal dos espíritos, uma vez que sem os espíritos não haveria médiuns. Conforme está dito, isso acontecerá nos últimos tempos; ora, visto que não chegamos ao fim do mundo, mas, ao contrário, à sua regeneração, devemos entender essas palavras como os últimos tempos do mundo moral que chega ao fim.

KARDEC, Allan. A Gênese. Os Milagres e As Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Albertina Escudeiro Sêco. 2. Ed., Rio de Janeiro, CELD Ed: 2008. Cap. XVII, item 61.

I.3.4) Elucidações de Allan Kardec sobre O Pentecoste e o Espírito Santo

O Evangelho Segundo o espiritismo - Capítulo XXVIII - Coletânea de Preces Espíritas.

Prefácio

O Senhor quis que a luz se fizesse para todos os homens, e que a voz dos espíritos penetrasse em toda parte, para que cada um desses homens pudesse adquirir a prova da imortalidade. É com esse objetivo que os espíritos se manifestam atualmente sobre todos os pontos da Terra, e a mediunidade — que desponta entre pessoas de todas as idades e de todas as condições, entre homens e mulheres, entre crianças e velhos — é uma prova da realização dos tempos preditos por Jesus.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Albertina Escudeiro Sêco. 1. Ed., Rio de Janeiro, CELD Ed: 2008. Cap. XXVIII, item 9, p. 266.

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Bons estudos, fraternal abraço, Fabiano


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