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Para entender Allan Kardec, discípulo de Pestalozzi



Cinebiografia do educador suíço Johann Heinrich Pestalozzi (1746 - 1827), um dos pioneiros da pedagogia moderna. Selecionado para o Festival de Cinema de Berlim, este drama tem como destaque a grande atuação do consagrado Gian Maria Volontè (A Classe Operária vai ao Paraíso) no papel-título. Edição Especial com vários vídeos extras sobre o legado de Pestalozzi e sua importância como educador do filósofo francês Allan Kardec (1804-1869), o Codificador da Doutrina Espírita. O filme focaliza um período crítico no desenvolvimento das teorias educacionais de Pestalozzi, quando o educador dirigia um internato para crianças pobres de um vilarejo na parte francesa da Suíça.

FILHOS REBELDES (AUTOR FABIANO PEREIRA NUNES)




FILHOS REBELDES (AUTOR FABIANO PEREIRA NUNES)
 
Artigo publicado na REVISTA CULTURA ESPÍRTA, do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, junho de 2013.
 
O desafio da corrigenda dos filhos desajustados sempre se apresentou como preocupação para os progenitores, desde a antiguidade.
 
Na cultura Judaica ancestral a questão, do mesmo modo, causava notáveis apreensões. Observaremos no quinto livro do Torá, o Deuteronômio - que segundo a tradição judaico-cristã foi promulgado pelo profeta Moisés no fim da jornada Hebreia no deserto - uma prescrição legal deliberando a punição dos filhos inobedientes e corrompidos.
 
Assim determinava a Lei Mosaica (1):
“Se alguém tiver um filho rebelde e indócil, que não obedece ao pai e à mãe e não os ouve mesmo quando o corrigem, o pai e a mãe o pegarão e levarão aos anciãos da cidade, à porta do lugar, e dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é rebelde e indócil, não nos obedece, é devasso e beberrão." E todos os homens da cidade o apedrejarão até que morra. Deste modo extirparás o mal do teu meio, e todo Israel ouvirá e ficará com medo”.
 
Nada obstante a inequívoca posição de Jesus como membro da Sociedade Judaica de Seu tempo, os mais notáveis pesquisadores, das modernas ciências históricas, no-Lo tem apresentado como um contestador e renovador das leis Judias. Sobre isso Allan Kardec, o Apóstolo fiel e incansável de O Espírito de Verdade, desde há largo tempo já havia, brilhantemente, aclarado a questão:
 
“Há duas partes distintas na lei mosaica: a lei de Deus, promulgada sobre o Monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar estabelecida por Moisés. Uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, modifica-se com o passar do tempo. A Lei de Deus está formulada nos dez mandamentos [...] [...] Essa lei é de todos os tempos e de todos os países e, por isso mesmo, tem um caráter divino. Todas as outras são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a conter, pelo temor, um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha que combater os abusos e os preconceitos enraizados, adquiridos durante a escravidão no Egito. Para dar autoridade às suas leis ele teve que lhes atribuir uma origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos”. (2)
 
“A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos a quem ela estava destinada a regenerar. Esses povos, semi-selvagens quanto ao aperfeiçoamento da alma, não teriam compreendido que se pudesse adorar a Deus sem a realização de holocaustos, nem que fosse preciso perdoar a um inimigo”. (3)
 
“Quanto às leis de Moisés, propriamente ditas, Ele (Jesus), ao contrário, as modificou profundamente, quer na substancia, quer na forma. Combatendo constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, por mais radical reforma não podia fazê-las passar, do que as reduzindo a esta única prescrição: ‘Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo’, e acrescentando: aí estão a lei toda e os profetas”. (4)
 
Por conseguinte, face às luzes oferecidas pelas ciências e pelo Codificador do Espiritismo, torna-se melhor compreensível não apenas a prescrição mosaica que diz respeito ao corretivo dos filhos desregrados, como também os ensinos de Jesus que, audaciosamente, refutam a Torá. Revolucionando o conceito de se apedrejar até a morte os filhos ignominiosos, Jesus promoveu uma nova abordagem, combinando disciplina com compaixão, autoridade com comiseração, inconivência com piedade.
 
Nesse sentido, com o fito de criar imagens mentais com exemplos inconfundíveis, O Mestre contou histórias com cores muito vivas, narrando parábolas inesquecíveis, como as três “Parábolas da Misericórdia” (5), cuja culminância é a Parábola do Filho Perdido e do Filho Fiel, ou do Filho Pródigo, onde o pai de família não é conivente com o erro, no entanto, recebe o filho sinceramente arrependido com o mais comovente amor paternal.
 
Por essa razão urge não nos esquecermos, também, da nossa condição de filhos rebeldes do Criador, que igualmente precisam dos corretivos das provas e expiações, através das vidas sucessivas, anelando as conquistas morais que logram o encontro com as bênçãos do Doador da Vida.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
1. ANTIGO TESTAMENTO. Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Deuteronômio, cap. 21, ver. 18-21, p. 284.
2.       KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Albertina Escudeiro Sêco. 5. Ed., Rio de Janeiro, Leon Denis Gráfica e Editora: 2010. Cap. I, item 2. p. 51-3.
3.       Idem. Ibidem. Cap. I, item 9.  p. 57.
4.       Idem. Ibidem. Cap. I, item 3.  p. 53.
5. NOVO TESTAMENTO. Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Evangelho segundo Lucas, cap. 15, ver. 1-32, p. 1816-7. 
 
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