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O DESERTO DA JUDÉIA NOS DIAS ATUAIS

Artigo: O NOME DE DEUS

O    N O M E    D E    D E U S

ARTIGO PUBLICADO NA "REVISTA CULTURA ESPÍRITA", DO INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA DO BRASIL (ICEB), ANO II, N 13, ABRIL DE 2010, p.15. 

Autor: Fabiano Nunes



(Impronunciável, pois o homem não seria digno de repetir o Nome de Deus)
Imagem extraída de http://pt.wikipedia.org/wiki/Yahweh

Dentre os recursos pedagógicos que Jesus - com genial atilamento - aplicava, um se nos afigura de ímpar importância: a criação de imagens mentais.

Através de histórias belas e singelas, o Mestre Incomparável cunhava imagens visuais com riqueza de nuances, vivas e emocionantes, sempre bem situadas no contexto sócio-cultural dos ouvintes, para que fossem integralmente apreendidas. Desse modo, Jesus conduzia as mentes e os corações - de forma apaixonante - nas artes de pensar e de viver, enquanto, ao mesmo tempo, desvelava as Leis Naturais para todas as gerações de aprendizes, ao longo dos séculos (1).

O impacto dessas figuras visuais na alma dos ouvintes foi tão significativo que, mesmo mais de seis décadas depois, no período em que os Evangelhos teriam sido escritos, foram recordadas com sutilezas e precisão de informações.

Especial beleza é a abordagem do Mestre do Amor no que diz respeito à invocação do nome de Deus.

Naquele tempo, o povo hebreu conhecia 21 denominações (2) para louvar, rogar, agradecer, ou para clamar ao Deus Único, com títulos que evocavam o arquétipo mental de um Soberano Supremo que imprimia grande respeito, mas também singular temor.

Conquanto, grande parte dos religiosos acreditava que o nome de Deus não deveria sequer ser pronunciado, em virtude da indignidade da criatura humana para proferir o Nome Divino, porquanto, havia um tetragrama (3) impronunciável – יהוה - o qual fora posteriormente transliterado para “YHWH”, e interpretado para as línguas modernas como Yahweh (Javé). Até no tempo presente, muitos Judeus Ortodoxos adotam tal prática.

No Antigo Testamento encontraremos as principais alcunhas4: Elohim, O Forte; Adonai, Senhor (Soberano); Yah, Eu Sou; Yahweh, Eu Sou que Sou; El, Deus; El Elyon, Deus Altíssimo; El Olam, Deus Eterno; El Shaddai, Deus Todo Poderoso; Yahweh Sabbaoth, O Senhor dos Exércitos.

Não obstante, Jesus subleva o pensamento corrente, apresentando ao povo (4) uma nova perspectiva de relacionamento entre a criatura e o seu Criador, e para tal fito – de forma original – ensina o emprego de uma nova referência para se dirigir a Deus: Abba.

Na tradução mais habitual (5), Abba significaria “Pai”, malgrado, modernamente encontraremos um novo entendimento para esse termo.

Conforme asseveram as ciências das religiões, e confirma a revelação mediúnica trazida por Francisco Cândido Xavier (6), Jesus falava a língua aramaica, em um dialeto muito específico usado nas cidades do Lago de Tiberíades.

Abba seria a expressão que as criancinhas da Galiléia usavam para falar com seu próprio pai, por conseguinte, tratar-se-ia de um nome informal, que equivaleria às expressões em português “paizinho” ou “querido pai” (7).

Jesus sempre demonstrou ser um professor extremamente “visual”, e numa formidável combinação de simplicidade e inteligência, desconstrói a temível imagem mental do Senhor dos Exércitos, insculpindo nos corações da humanidade o modelo de uma relação pessoal com Deus de grande magnanimidade, que evocava Sua própria relação com o seu paizinho, José de Nazaré, onde havia uma ligação plena em intimidade, proteção, confiança, provisão e, sobretudo, em amor que não mede sacrifícios pelos filhos.

Lembremos, porquanto, nos momentos de desalento que o Deus que Jesus nos ensinou a invocar não é, unicamente, O Criador do Universo, mas também o Paizinho Querido, que como tal devota inexaurível zelo pelos próprios filhinhos.

Um fraternal abraço, Fabiano Pereira Nunes

Referências Bibliográficas
1.Kardec, A. Por que Jesus Fala por Parábolas. In: A. Kardec, O Evangelho Segundo O Espiritismo (E. N. Bezerra, Trad.). Rio de Janeiro: FEB. pp. 427-31

2.Kaschel, W. Dicionário da Bíblia de Almeida (2 ed.). barueri, SP, 2005: Sociedade Bíblica do Brasil.p. 54

3.Extraído de www. wikipedia.org. (s.d.). Acesso em 22 de fevereiro de 2010, disponível em Wikipédia, a enciclopédia livre.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Yahweh

4. Ryrie, C. C. A Bíblia Anotada: edição Expandida. Barueri, SP, 2007: Sociedade Bíblica do Brasil.p 8-9

5. Mateus, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Mateus, cap. 6, vers. 7-9, p. 1713.

6. Xavier, F. Candido. Ditado pelo espírito Emmanuel. Há Dois Mil Anos (42 ed.). Rio de Janeiro: FEB, 2002. P. 84

7. Drane, John. Enciclopédia da Bíblia. São Paulo, 2009: Edições Paulinas.p.175

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