ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA CULTURA ESPÍRITA - ICEB, ANO I, N. 8, NOVEMBRO DE 2009
INCLUSÃO SOCIAL
A Inclusão Social é uma importante política que combate a exclusão dos desfavorecidos, usualmente, grupos sob risco social como idosos, minorias étnicas, e especialmente, os portadores de deficiências físicas ou mentais, oferecendo-lhes oportunidades de também participarem dos direitos e deveres de forma justa e igualitária.
Outrossim, a exclusão social tem profunda correlação com o preconceito e a discriminação.
No nosso país, o pensamento da inclusão social orientou o Estado na elaboração de políticas e leis voltadas ao atendimento das necessidades especiais de deficientes, somente, nos últimos 50 anos.
Infelizmente, o preconceito ainda permeia as relações da nossa sociedade, constituindo desafio para todos os cidadãos. A problemática, não obstante, remonta a antiguidade, estando presente nas diversas civilizações da história.
Outrossim, a exclusão social tem profunda correlação com o preconceito e a discriminação.
No nosso país, o pensamento da inclusão social orientou o Estado na elaboração de políticas e leis voltadas ao atendimento das necessidades especiais de deficientes, somente, nos últimos 50 anos.
Infelizmente, o preconceito ainda permeia as relações da nossa sociedade, constituindo desafio para todos os cidadãos. A problemática, não obstante, remonta a antiguidade, estando presente nas diversas civilizações da história.
Na tradição do povo hebreu, ao tempo de Jesus, existia grande carga de preconceito para com portadores de doenças e males, pois acreditava se tratar de uma punição de Deus pelos pecados, ou pelo de seus antepassados.
Acrescentava-se a isso a idéia da proibição de se tocar em determinadas pessoas enfermas, os chamados “imundos”. Essas práticas ocorriam em decorrência da interpretação equivocada das leis Mosaicas, sobretudo do livro Levítico.
A consequência natural desse pensamento eram a discriminação e a exclusão social dos hebreus que estivessem nas condições que os tornassem “imundos”, e de modo especial, por haverem sido apenados por Deus.
Acrescentava-se a isso a idéia da proibição de se tocar em determinadas pessoas enfermas, os chamados “imundos”. Essas práticas ocorriam em decorrência da interpretação equivocada das leis Mosaicas, sobretudo do livro Levítico.
A consequência natural desse pensamento eram a discriminação e a exclusão social dos hebreus que estivessem nas condições que os tornassem “imundos”, e de modo especial, por haverem sido apenados por Deus.
Como sempre, em Jesus aprenderemos o mais elevado padrão de conduta.
Ninguém, como ele, apresentou ao mundo tão belo exemplo sobre como tratar aos necessitados de toda ordem, superando os abismos do prejulgamento, operando de forma a reinseri-los no trabalho e na alegria da vida comunitária, independente do contexto que se lhes afigurasse.
Ninguém, como ele, apresentou ao mundo tão belo exemplo sobre como tratar aos necessitados de toda ordem, superando os abismos do prejulgamento, operando de forma a reinseri-los no trabalho e na alegria da vida comunitária, independente do contexto que se lhes afigurasse.
E, especificamente, no procedimento para com os “imundos”, e as demais vítimas do enjeitamento e da segregação, nos ofereceu a sublime lição de respeito e compaixão para com os marginalizados da sociedade.
Um dos belos exemplos da preocupação do Mestre Incomparável com os excluídos é descrito nos Evangelhos.
Em determinado sábado1, Jesus entrara numa sinagoga, e enquanto ensinava observara haver um homem apartado do grupo. Ele possuía a mão – direita1 – mirrada (atrofiada).
Sobre esse processo patológico, o insígne professor Carlos Oswaldo Degrazia2, em seu admirável artigo publicado no Jornal do Conselho Federal de Medicina, alegou acreditar tratar-se de uma gangrena seca, causada pela diminuição contínua e prolongada da circulação sanguínea na mão do enfermo bíblico, levando à “mumificação” dessa mão.
Tal processo, no entanto, poderia ser revertido em determinadas condições, com o consequente restabelecimento do fluxo nos vasos sanguíneos obstruídos.
Escribas e fariseus observavam o Alegre Rabi, a fim de obterem provas de suas transgressões à Lei Mosaica, visto que - na interpretação dessas seitas judaicas - tais leis proibiriam os trabalhos de cura no Sabbat, dia que deveria ser dedicado ao repouso e à adoração do Senhor.
Conquanto, Jesus promovera incontáveis curas no Sabbat, com o fito de ensinar a real exegese do Torah, onde a mais sublime forma de consagrar a Deus um dia da semana é vivê-lo com amor e compaixão, na plenitude da caridade, porquanto, afirmara que “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” 3.
Por essa razão, auscultando o pensamento dos escribas e fariseus, em um ato de formidável comiseração, convida o homem da mão atrofiada para que supere a si mesmo, e ingresse no círculo dos que comungavam com Deus na sinagoga, dizendo:
– “levanta-te e fica de pé no meio de todos”1.
O homem ergueu-se, avançou para um lugar de destaque, muito próximo ao Mestre do Amor, ouvindo Sua voz reconfortante a dizer-lhe:
- “Estende a Mão”1.
Aquele homem era um dos intocáveis, um excluído, todavia, agora estava interposto nos seus direitos como um Filho de Abraão, e mais ainda, integrante do grupo, ilimitável, de amigos do Messias de Israel.
Ao apresentar a mão atrofiada ao Médium de Deus, Dele recebera o toque afetuoso e a energia prodigiosa, voltando a ter sua mão direita perfeitamente normal, como a esquerda4.
Um dos belos exemplos da preocupação do Mestre Incomparável com os excluídos é descrito nos Evangelhos.
Em determinado sábado1, Jesus entrara numa sinagoga, e enquanto ensinava observara haver um homem apartado do grupo. Ele possuía a mão – direita1 – mirrada (atrofiada).
Sobre esse processo patológico, o insígne professor Carlos Oswaldo Degrazia2, em seu admirável artigo publicado no Jornal do Conselho Federal de Medicina, alegou acreditar tratar-se de uma gangrena seca, causada pela diminuição contínua e prolongada da circulação sanguínea na mão do enfermo bíblico, levando à “mumificação” dessa mão.
Tal processo, no entanto, poderia ser revertido em determinadas condições, com o consequente restabelecimento do fluxo nos vasos sanguíneos obstruídos.
Escribas e fariseus observavam o Alegre Rabi, a fim de obterem provas de suas transgressões à Lei Mosaica, visto que - na interpretação dessas seitas judaicas - tais leis proibiriam os trabalhos de cura no Sabbat, dia que deveria ser dedicado ao repouso e à adoração do Senhor.
Conquanto, Jesus promovera incontáveis curas no Sabbat, com o fito de ensinar a real exegese do Torah, onde a mais sublime forma de consagrar a Deus um dia da semana é vivê-lo com amor e compaixão, na plenitude da caridade, porquanto, afirmara que “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” 3.
Por essa razão, auscultando o pensamento dos escribas e fariseus, em um ato de formidável comiseração, convida o homem da mão atrofiada para que supere a si mesmo, e ingresse no círculo dos que comungavam com Deus na sinagoga, dizendo:
– “levanta-te e fica de pé no meio de todos”1.
O homem ergueu-se, avançou para um lugar de destaque, muito próximo ao Mestre do Amor, ouvindo Sua voz reconfortante a dizer-lhe:
- “Estende a Mão”1.
Aquele homem era um dos intocáveis, um excluído, todavia, agora estava interposto nos seus direitos como um Filho de Abraão, e mais ainda, integrante do grupo, ilimitável, de amigos do Messias de Israel.
Ao apresentar a mão atrofiada ao Médium de Deus, Dele recebera o toque afetuoso e a energia prodigiosa, voltando a ter sua mão direita perfeitamente normal, como a esquerda4.
Eis mais um dos inesquecíveis ensinos do Rabboni (significa Mestre Superior) de Deus!
Apreendamos com Ele, pois, a inolvidável lição para uma vida livre dos corrosivos preconceitos, laborando na coletividade pela reinserção dos enjeitados nos seus direitos fundamentais, sobretudo, daqueles que estão em situação de risco social.
Meditemos nisso! Um abraço do seu amigo Fabiano P Nunes
Meditemos nisso! Um abraço do seu amigo Fabiano P Nunes
Referências Bibliográficas
1. LUCAS, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Lucas, cap. 6, vers. 6 - 11, p. 1798.
2. DEGRAZIA, Carlos O. O homem da mão seca. Jornal do Conselho Federal de Medicina, n. 152, Dezembro de 2004/ Janeiro 2005.
3. MARCOS, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Marcos, cap. 2, vers. 27, p. 1762.
4. MARCOS, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Marcos, cap. 3, vers. 3, p. 1762.
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