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BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Nova edição rev.
e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. 3 a. Impressão: 2004. O Evangelho Segundo Lucas 4:14-30 p. 1794-5
JESUS EM NAZARÉ
PASSAGENS PARALELAS
ENCONTRADAS EM MARCOS 6, 1-6 E MATEUS 13, 58-8.
I. RESUMO
Passagem surpreendente, pois narra uma de Suas primeiras pregações, ocorrida na
sinagoga, onde ocorre uma reviravolta no ânimo da multidão.
Primeiramente,
Jesus se apresenta como o Messias Nacional, sendo aclamado por isso.
Apresenta-se
como o Messias profetizado no Antigo Testamento;
Escolhe
o texto de Isaías cap. 61, confirmando os versículos 1. No
entanto, ainda na sinagoga, Jesus completa seu discurso, discordando de parte do
versículo 2 “2a
proclamar um ano aceitável a Iahweh e um
dia de vingança do nosso Deus,” e do versículo 5, “5Estrangeiros estarão aí para apascentar os vossos rebanhos;
alienígenas serão os vossos lavradores e os vossos vinhateiros.” Prometendo
estender a Graça de Deus aos não Judeus que fossem crédulos, Jesus deflagra
reação insana na multidão, visto que isso confrontava, diretamente, o sonho de
liberdade e desforra contra os estrangeiros opressores. Foi essa afirmativa que
gerou a ira assassina dos compatriotas de Jesus, que O levaram até um penhasco
para atirá-lo e do alto apedrejá-lo.
III. Comentário: Elias , grande profeta hebreu, considerado um dos maiores heróis da
civilização judaica.
Referencias
no Antigo Testamento – Primeiro Reis 17
-19 e 21 e Segundo Reis 1 e 2
ACABE:
Sétimo rei de Israel, que reinou 22 anos (874-853 a.C.), depois de Onri, seu
pai.
JEZEBEL:
mulher de Acabe, Filha de Etbaal, rei de Sidom, levou o povo a adorar ídolos, e
instituiu o culto ao deus baal.
BAAL:
O principal deus da fertilidade em Canaã. O culto a Baal foi uma das piores
tentações dos israelitas, desde os tempos antigos (Jz 2.13; 1Rs 16.31-32).
Dessa palavra se derivou o termo “belzebu”.
Iahweh
mandou o profeta Elias falar contra Acabe e Jezebel(1Rs 16.28 — 22.40).
PRIMEIRO
REIS – cap. 18 (Bíblia de Jerusalém, pág. 498).
35A
água se espalhou em torno do altar e inclusive o rego ficou cheio d'água."
36Na hora em que se apresenta a oferenda, Elias, o profeta, aproximou-se e
disse: "Iahweh, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, saiba-se hoje que tu
és Deus em Israel, que sou teu servo e que foi por ordem tua que fiz todas
estas coisas. 37Responde-me, Iahweh, responde-me, para que este povo reconheça
que és tu, Iahweh, o Deus, e que convertes os corações deles!"38Então caiu
o fogo de Iahweh e consumiu o holocausto e a lenha, secando a água que estava
no rego. 39Todo o povo o presenciou; prostrou-se com o rosto em terra,
exclamando: "É Iahweh que é Deus! É Iahweh que é Deus!" 40Elias lhes
disse: "Prendei os profetas de Baal; que nenhum deles escape!" e eles
os prenderam. Elias fê-los descer para perto da torrente do Quison e lá os
degolou.
IV. Jesus se refere a seguinte passagem bíblica
PRIMEIRO
REIS Cap. 17 Bíblia de Jerusalém, pág. 495-6.
Em
Sarepta. O milagre da farinha e do óleo — 7Depois de certo tempo, a torrente secou, porque
não chovia mais na terra. 8Então a palavra de Iahweh lhe foi dirigida nestes
termos: 9"Levanta-te e vai a Sarepta, que pertence à Sidônia, e lá
habitarás. Eis que ordenei lá, a uma viúva, que te dê o sustento." 10Ele
se levantou e foi para Sarepta. Chegando à porta da cidade, eis que estava lá
uma viúva apanhando lenha; chamou-a e disse: "Por favor, traze-me num vaso
um pouco d'água para eu beber!" 11Quando ela já estava indo para buscar
água, ele gritou-lhe: "Traze-me também um pedaço de pão na tua mão!" 12Respondeu
ela: "Pela vida de Iahweh, teu Deus, não tenho pão cozido; tenho apenas um
punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Estou ajuntando
uns gravetos, vou preparar esse resto para mim e meu filho; nós o comeremos e
depois esperaremos a morte." 13Mas Elias lhe respondeu: "Não temas;
vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com o que tens um pãozinho
e traze- mo; depois o prepararás para ti e para teu filho. 14Pois assim fala
Iahweh, Deus de Israel: A vasilha de farinha não se esvaziará e a jarra de
azeite não acabará, até o dia em que Iahweh enviar a chuva sobre a face da terra."
15Ela partiu e fez como Elias disse e fizeram uma refeição ele, ela e seu
filho: 16A vasilha de farinha não se esvaziou e a jarra de azeite não acabou,
conforme a predição que Iahweh fizera por intermédio de Elias.
A
ressurreição do filho da viúva — 17Depois disso, aconteceu que o filho dessa
mulher, dona da casa, adoeceu e seu mal foi tão grave que ele veio a falecer. 18Então
ela disse a Elias: "Que há entre mim e ti, homem de Deus? Vieste à minha
casa para reavivar a lembrança de minhas faltas e causar a morte do meu
filho!" 19Ele respondeu: "Dá-me teu filho." Tomando-o dos braços
dela, levou-o ao quarto de cima onde morava e colocou-o sobre seu leito. 20Depois
clamou a Iahweh, dizendo: "Iahweh, meu Deus, até a viúva que me hospeda
queres afligir, fazendo seu filho morrer?" 21Estendeu-se por três vezes
sobre o menino e invocou Iahweh: "Iahweh, meu Deus, eu te peço, faze
voltar a ele a alma deste menino!" 22Iahweh atendeu à súplica de Elias e a
alma do menino voltou a ele e ele reviveu. 23Elias tomou o menino, desceu-o do
quarto de cima para dentro da casa e entregou-o à sua mãe, dizendo: "Olha,
teu filho está vivo." 24A mulher respondeu a Elias: "Agora sei que és
um homem de Deus e que Iahweh fala verdadeiramente por tua boca!"
V. Comentário: Portanto, o grande profeta Elias foi usado
como instrumento de Iahweh não para socorrer um israelita, mas sim uma mulher,
gentia, natural de Sarepta na Síria. E paradoxalmente, os filhos de Israel
ainda não haviam sido bafejados pelo socorro de
Iahweh.
VI. Hermenêutica: Uma importante questão se apresenta, a todo
instante, para aqueles que desejam conhecer, e estudar, o espiritismo: onde
aprender seus fundamentos indispensáveis? A resposta para essa pergunta é: a
Doutrina Espírita está contida, por inteiro, nas obras publicadas pelo
Codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Essa temática foi apresentada, na
série de 2012, do quadro “O Que é o espiritismo”, série que iremos resumir no
programa de hoje.
A Maioria dos espíritas conhece as cinco obras
fundamentais da doutrina: “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, “O
Evangelho segundo o Espiritismo”, “A Gênese, os Milagres e as Predições segundo
o Espiritismo” e “O céu e o Inferno, ou A justiça Divina segundo o
Espiritismo”.
A primeira obra espírita é "o
Livro dos Espíritos". Ele é a pedra fundamental ou o marco inicial do
espiritismo. Ele é o não só o alicerce do edifício da doutrina espírita também
é o seu próprio delineamento, o seu núcleo central e ao mesmo tempo o as vigas
de sustentação, os pilares, as lajes, o arcabouço, enfim, toda a estrutura
geral de todo o edifício da doutrina.
Os demais livros da revelação
espírita partem do seu conteúdo. Temas aflorados nas perguntas de "o livro
dos espíritos" vão ser desenvolvidos totalmente nas outras obras
kardecianas, portanto, o legado de allan kardec se apresenta como um todo,
homogêneo, consequente, inter-relacionado, interconectado e
interdependente.
Portanto, os estudiosos sérios do espiritismo reconhecem o
valor de se estudar todos os livros fundamentais, o pentateuco kardeciano, de forma conjugada,
integrada, e, sobretudo, de forma continuada, lendo-os e relendo-os ano após
ano, conscientes de que cada novo ciclo de estudos oferece maiores
possibilidades para reflexões, maior conhecimento e mais amplo discernimento.
Tem-se mesmo a impressão de que se descobre uma nova doutrina após cada ciclo
de reestudo.
Importantíssimo lembrar que, no Brasil, cada ano da REJEP, com suas
doze revistas mensais, foi traduzido para o português e transformado num
volume, em um livro. Temos, portanto, na REJEP outros doze livros de Allan
Kardec que não podem faltar nas prateleiras das livrarias espíritas, e nas
nossas bibliotecas pessoais.
Conforme a orientação do próprio Codificador, a coleção
dos doze anos da Revista Espírita deve ser encarada como as verdadeiras obras
complementares, ou subsidiárias, do espiritismo, e estudadas como tal,
paralelamente às obras fundamentais.
Vale ainda
relembrar o valor permanente das obras introdutórias ou iniciais do
Espiritismo, a saber: “O que é o espiritismo”, “O Espiritismo na Sua Expressão
Mais Simples” e “Instruções Práticas Sobre as Manifestações Espíritas”, livros
que desdobram a introdução e prolegômenos de OLE.
Os livros
introdutórios são resumos doutrinários, para rápida leitura e imediata
compreensão, mas que até mesmo os maiores conhecedores do espiritismo devem
reler e consultar periodicamente. Eles são os livros de eleição para os iniciantes
no espiritismo, e as obras de escolha para os estudos sistematizados da
doutrina espírita.
Não se pode esquecer a importância
inestimável do volume Obras Póstumas. Esse livro representa o testamento
doutrinário de Allan Kardec, que precisa ser lido com atenção e respeito. Ele
nos desvenda os segredos de uma vida verdadeiramente missionária, cuja grandeza
dessa missão ainda é ignorada até mesmo pelos espíritas.
No livro “Viagens Espíritas em 1862”,
Allan Kardec oferece as mais lúcidas diretrizes para o fortalecimento dos
grupos espíritas, e as mais luminosas e seguras orientações ao Movimento
Espírita, para a organização, a administração e a liderança das instituições
espíritas.
Fundamental ressaltar que, em todas as obras publicadas
por Allan Kardec, permeiam as temáticas evangélicas. Na sua condição de
Terceira Revelação de Deus aos homens, o espiritismo é o Consolador Prometido
por Jesus, que apresenta a chave com a
ajuda da qual se explicam, com facilidade, os conteúdos do Novo Testamento, e
dos Livros Mosaicos, que foram incompreendidos, erroneamente copiados, mal
traduzidos, e erradamente interpretados.
O espiritismo assume a condições de cristianismo da idade
moderna, restaurando a interpretação do evangelho do Cristo ao seu sentido
absolutamente espiritual.
Foram cerca 30 livros espíritas publicados pelo
Codificador no idioma francês, e hoje contamos com mais de 22 obras diferentes
de Allan Kardec na língua portuguesa, obras de atualidade inabalável, no
passado, no presente e no futuro. Verdadeira bênção de Deus aos homens, essas
obras devem ser encaradas e lidas, em última análise, como tendo sido escritas
pelo próprio Cristo.